Finanças - Princípios

Miguel Moletta /// setembro 02, 2020 /// 11:00hs

Referências Bibliográficas:

ROSS, S.; WESTERFIELD, R. W.; e JAFFE, J. F. Administração Financeira. 2ª ed. São Paulo, Atlas, 2001

DRUCKER, Peter F. Administrando para o futuro. São Paulo: Pioneira, 1992. Inovação e espírito empreendedor. São Paulo: Pioneira, 1985

GITMAN, Lawrence J. Princípios de Administração Financeira. 7. ed. São Paulo: Harbra, 2002.

GOLDRATT, Eliyahn M., COX, Jeff. A meta. São Paulo: Iman, 1990.

Introdução

A área de Finanças possui uma amplitude e um dinamismo extremamente grande. É uma ciência que é aplicada em todas as entidades, contempla, estuda e agrega todos os tipos de fundos, seja no contexto econômico, contábil e claro, financeiro. A responsabilidade da gestão financeira pertence ao administrador financeiro em conjunto com a administração no nível estratégico. Relaciona-se estritamente com a economia e a contabilidade, diferenciando-se dessas duas ciências pela a ênfase no fluxo de caixa e na tomada de decisão de onde colocar financiar, investir e distribuir o dinheiro das entidades.

Tudo em Finanças envolve dinheiro e tudo que envolve dinheiro envolve um processo decisório e tudo que envolve processo decisório, em finanças, tem por objetivo mais dinheiro, geração de riqueza e valor para os proprietários e acionistas (ROSS, WESTERFIELD E JAFFE, 2001, p.23).

A gestão financeira busca a criação de riqueza, dentro das variáveis como fluxo de caixa, capital de giro, o valor do dinheiro no Tempo, Risco versus Retorno, estrutura de capital, custo de capital, entre outros. A sua meta é, portanto, a maximização da riqueza dos acionistas, através da geração de “lucros”.

O lucro é o resultado da diferença entre Receitas e Despesas.

O “lucro contábil” é o resultado apurado e demonstrado no DRE (Demonstrativo de Resultado do Exercício) é apurado através do sistema de competência, não representa o caixa da empresa pois de uma má gestão financeira pode ser diluído no contas a receber, de curto e longo prazo, e no estoque, podendo ser de difícil liquidez.

O “lucro financeiro” é o resultado do fluxo de caixa e é apurado pelo sistema de caixa, isto é, recebidos menos pagos, representa, como o próprio nome diz, o caixa da empresa, dinheiro no bolso, liquidez corrente.

Portanto, faz-se necessário compreender a diferença entre a gestão financeira e a gestão contábil, ambas importantes e complementares, porém, com características distintas.

Há um conceito errado sobre o que é riqueza. Considerar lucro apurado no DRE como gerador de riqueza é um equívoco, uma vez que o DRE é um demonstrativo de receitas e despesas, através do regime de competência. É um relatório contábil que espelha o passado.

As organizações precisão entender que lucro adequado é aquele que garante uma recompensa aos acionistas pelos riscos assumidos e, além disso, permite o crescimento da empresa e a geração de caixa. A geração da riqueza nada mais é do que a capacidade da empresa em gerar caixa. Sua apuração é feita através do fluxo de caixa, com projeção futura, portanto, é uma medida financeira.

Medidas de lucratividade contábil podem ser enganosas e levar a tomada de decisão equivocada. Segundo Drucker (1985) “Há muito tempo que uma empresa pode operar sem lucros por muitos anos, desde que possua um fluxo de caixa adequado. O oposto não é verdade. De fato, um aperto na liquidez costuma ser mais prejudicial do que um aperto nos lucros.” Goldratt e Cox (1990) corroboram acrescentando que é possível que uma empresa apresente lucro líquido e um bom retorno sobre investimentos e, ainda assim, vá à falência. O péssimo fluxo de caixa é o que acaba com a maioria das empresas que fracassam.”

Portanto, finanças é a arte e a ciência de gerir dinheiro, a diferença entre receita, custos e despesas, realizando tarefas diversas, como, orçamento, gestão de caixa, de crédito, analise de investimento e captação de fundos (GITMANN, 2002).