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BOLETIM ECONÔMICO 24/08/2020
Miguel Moletta /// agosto 31, 2020 /// 18:00hs
O Boletim Econômico é um informativo da Ciência Empresarial com o resumo dos principais dados estatísticos retirados do Relatório Focus, da Bolsa de Valores, da FGV e de outros bancos de dados, em que analisamos e transformamos em informação para gerar conhecimento aos nossos clientes e leitores apresentando a evolução gráfica e o comportamento semanal das projeções para índices de preços, atividade econômica, câmbio, taxa Selic, entre outros indicadores.
O Relatório Focus é uma publicação do Bacen com data base todas as sextas-feiras resumindo as estatísticas calculadas considerando as expectativas de mercado e da economia.
A economia é a área de atuação de governo com uma relevância fundamental para o futuro de todos, sendo uma ciência de extrema importância para qualquer país, pois “trata da utilização com máxima eficiência dos recursos produtivo escassos para o atendimento das necessidades dos indivíduos” (SCHENINI E MATESCO, 2005). A economia nos auxilia na compreensão sobre como os recursos são alocados estudando o homem na sociedade em relação as trocas.
Essa alocação de recursos é resultado da tomada de decisão pois tudo que acontece na economia é resultado de uma tomada de decisão e, por seu turno, da informação que a economia fornece para uma tomada de decisão.
O Bacen na própria descrição do boletim saliente que: “As projeções são do mercado, não do BC”. Cabe salientar que como são estatísticas e projeções carece de análise e é esse o objetivo do nosso boletim. Bom proveito!!!!
Como foi destacado nos boletins passados o ciclo de crescimento virtuoso do início de 2020 foi substituído por um ciclo duvidoso causado por fatores alinhados como o COVID-19. Mas temos boas notícias, o PIB, que é a soma de todos os bens e serviços produzidos, está melhorando semana a semana, estamos a cada dia buscando aliviar os efeitos da pandemia, da politicagem e da ingerência.
IPCA
A projeção do IPCA está em 1,77% para 2020, continuando a previsão de 2021 em 3%, 2022 em 3,5% e em 2023 em 3,25%. Nos últimos 12 meses está em 2,13% e no ano 0,10 (até junho). É o que retratamos nos boletins anteriores, a instabilidade do mercado continua variando a qualquer notícia positiva ou negativa.
PIB
A projeção atual melhorou mais uma vez caindo a retração para -5,28%. Continua melhora semana a semana. Do final de junho até sexta passada melhorou 1,22%, com essa tendência a retração será bem menor em comparação com o pessimismo do início da pandemia.
A projeção para 2021 continua em crescimento de 3,50%, 2022 em 2,50% e 2023 em 2,50%.
INFLAÇÃO
A meta e as projeções de inflação não sofreram nenhuma alteração. A meta a ser perseguida pelo BC continua em de 4% em 2020, 3,75% em 2021 e 3,50% para 2022, e 3,25% para 2023, cabe ressaltar que a margem de intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
SELIC
A SELIC, Sistema Especial de Liquidação e Custódia, é a taxa básica de juros, está em 2%, no menor patamar da história e esta é a projeção até o final do ano. Para 2021, 3% ao ano, para 2022, 5% e para 2023, 6%.
Com essa queda a renda fixa fica menos atrativa e implica na migração para as ações, ou, o investido pode montar sua estratégia comprando títulos com prazos mais longos, caso esses venham a oferecer retorno mais atraente sob um risco controlado, e/ou papéis de dívida corporativa.
Quem define a SELIC é o COPOM, Comitê de Política Monetária, esse comitê se reuni a cada 45 dias por membros do Banco Central a fim de discutir a economia do país e o seu rumo. É destas reuniões que é definida a taxa Selic. Esse comitê foi criado em 1996 com o objetivo de regular importantes aspectos da economia brasileira, seguindo a estratégia do Tesouro Nacional.
Por exemplo, se o momento econômico e político é bom, a inflação é baixa, a taxa Selic deve ter tendência de baixa. Caso ocorra um aumento no IPCA (inflação) e a economia entre em recessão, a taxa Selic tende a aumenta para controlar o mercado.
Portanto, o objetivo da redução da SELIC é facilitar e desenvolver o investimento de capital no país gerando um ciclo virtuoso da economia e as suas metas são, entre outras, deixar que o crédito fique mais barato, incentivar a produção e o consumo, facilitar o controle da inflação, estimular a atividade econômica, diminuir o risco diversificável, reduzir o custo financeiro do dinheiro e consequentemente, aumentar os lucros da empresa.
Por seu turno, quando o Copom aumenta a SELIC, ocorre o inverso, e o objetivo do governo está em conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e aumentam a inflação, que encarece o crédito e gera aumento de inflação, ou seja, um ciclo vicioso, a única vantagem é que com o aumento da SELIC a renda fixa começa a pagar mais e isso estimulam a poupança.
DÓLAR
O dólar terminou a semana passada com desvalorização valorização chegando a R$ 5,4679 fechando acumulando no ano 35,99% O Bacen ainda acredita que termina o ano com o dólar em R$ 5,25. Para 2021 R$ 5, para 2022 R$ 4,90 e 2023 R$ 4,85.
EURO
Nessa semana houve uma desvalorização, sexta (28), chegando a R$ 6,5073, porém, a valorização anual continua alta 44,44%.
BOLSA IBOVESPA (B3)
O Ibovespa, que é o mais importante indicador do desempenho médio das cotações das ações negociadas na B3 – Brasil, Bolsa, Balcão e que é formado pelas ações com maior volume negociado nos últimos meses, começou o ano na casa dos 118 mil pontos, em março despencou para 70 mil, chegando em agosto aos 108mil. Na última sexta (28) 102.143 pontos, é uma montanha russa de emoções. O urso e o touro estão se igualando, uma notícia boa, o toura ganha o round, uma notíciax ruim o urso fatura. Vamos acompanhar esse sobe e desce esperado consolidar um ganho superior a 102.000 até o final do ano, pelo menos.
O otimismo continua, apesar dos maus. Vamos continuar orando e esperando que os homens bons sejam mais fortes que os maus.
Aproveite essa semana com Deus e a Família. Semana que vem, atualizaremos novamente a economia brasileira.
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