Miguel Moletta /// agosto 03, 2020 /// 16:00hs

Fonte: Relatório Focus – Bacen  | Conselho Monetário Nacional – CMN | FGV | COPOM 

Referencias Bibliográficas

SCHENINI, Paulo Henrique e MATESCO, Virene Roxo. Economia para não-economistas: Princípios Básicos de Economia para profissionais em mercados competitivos. Rio de Janeiro: Editora Senac Rio, 2005.

 

ECONOMIA

A economia é uma ciência de extrema importância para qualquer país, pois “trata da utilização com máxima eficiência dos recursos produtivo escassos para o atendimento das necessidades dos indivíduos” (SCHENINI E MATESCO, 2005). A economia nos auxilia na compreensão sobre como os recursos são alocados estudando o homem na sociedade em relação as trocas.

Essa alocação de recursos é resultado da tomada de decisão pois tudo que acontece na economia é resultado de uma tomada de decisão e, por seu turno, da informação que a economia fornece para uma tomada de decisão.

O Boletim Econômico da Ciência Empresarial é um resumo dos dados retirados do Relatório Focus, da Bolsa de Valores. FGV e de outros boletins, em que analisamos e transformamos em informação para gerar conhecimento aos nossos clientes e leitores. Assim como o Relatório Focus publicamos todas às segundas-feiras.

O Boletim resume as estatísticas calculadas considerando as expectativas de mercado e da bolsa de valores, apresentando a evolução gráfica e o comportamento semanal das projeções para índices de preços, atividade econômica, câmbio, taxa Selic, entre outros indicadores.

03 de agosto de 2020

O mês de julho terminou e o resultado econômico para o Brasil e até para o mundo foi melhor que o esperado. A projeção do PIB melhora semana a semana, A bolsa continua se recuperando e o dólar se não cai pelo menos também não sobe.

Vamos analisar item por item agora conforme a tabela anexa.

Tabela: Situação e Perspectiva EconômicaPERSPECTIVA ECONOMICA 03 AGO 20 300x138 - Boletim Econômico 03/08/2020

Elaborado por: Ciência Empresarial

Fonte: Banco Central | CMN | FGV

PIB

A projeção atual do PIB para 2020 caiu mais uma vez está semana para -5,66% e está melhorando semana a semana. Do início do mês melhorou 0,84%, com essa tendência a retração será bem menor em comparação com o pessimismo do início da pandemia.

A projeção para 2021, 2022 e 2023 não sofreu alteração essa semana.

IPCA

O IPCA fechou julho com 1,60% índice melhor que o final de junho que estava em 1,63%. É o que retratamos nos boletins anteriores, a instabilidade do mercado continua variando a qualquer notícia positiva ou negativa. 

INFLAÇÃO

A meta e as projeções de inflação não sofreram nenhuma alteração. A meta a ser perseguida pelo BC continua em de 4% em 2020, 3,75% em 2021 e 3,50% para 2022, e 3,25% para 2023, cabe ressaltar que a margem de intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

SELIC

A próxima reunião do COPOM ocorre amanhã e quarta-feira, dias 4 e 5 de agosto, e as atas serão publicadas às 8 horas da terça-feira seguinte às reuniões do comitê. Espera-se que nessa reunião ocorra, pelo menos, um corte de ,025% ficando a SELIC e 2% aa.

O COPOM é o Comitê de Política Monetária formado a cada 45 dias por membros do Banco Central a fim de discutir a economia do país e o seu rumo. É destas reuniões que é definida a taxa Selic. Esse comitê foi criado em 1996 com o objetivo de regular importantes aspectos da economia brasileira, seguindo a estratégia do Tesouro Nacional.

A SELIC é o Sistema Especial de Liquidação e Custódia, definida pelo Comitê de Política Monetária (Copom), que é a taxa básica de juros da economia e ela é definida de acordo com a tendência da economia e do mercado.

Por exemplo, se o momento econômico e político é bom, a inflação é baixa, a taxa Selic deve ter tendência de baixa. Caso ocorra um aumento no IPCA (inflação) e a economia entre em recessão, a taxa Selic tende a aumenta para controlar o mercado.

Portanto, o objetivo da redução da SELIC é facilitar e desenvolver o investimento de capital no país gerando um ciclo virtuoso da economia e as suas metas são, entre outras, deixar que o crédito fique mais barato, incentivar a produção e o consumo, facilitar o controle da inflação, estimular a atividade econômica, diminuir o risco diversificável, reduzir o custo financeiro do dinheiro e consequentemente, aumentar os lucros da empresa.

Por seu turno, quando o Copom aumenta a SELIC, ocorre o inverso, e o objetivo do governo está em conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e aumentam a inflação, que encarece o crédito e gera aumento de inflação, ou seja, um ciclo vicioso, a única vantagem é que com o aumento da SELIC a renda fixa começa a pagar mais e isso estimulam a poupança.

DÓLAR

O dólar fechou no dia 31 vendido a R$ 5,219 encerrando a semana com alta acumulada de 0,22%, porem no mês teve uma queda de 4,07% que foi a maior desde dezembro do ano passado. Como comentamos nos boletins passados, a Bolsa de Valores vai muito bem obrigado e isso segura o dólar, fortalecendo nossa expectativa que feche o ano abaixo dos R$ 5,00. Para o Bacen a projeção é que em 2021 fique em R$ 5, ante R$ 5,05 do início do mês.

BOLSA IBOVESPA (B3)

O Ibovespa, é o principal índice da Bolsa de Valores brasileira terminou a semana valorização de 0,52%, crescendo 8,27% em julho, o quarto mês seguido com alta. Porém no ano o índice acumula queda, de 11,01%.

O IBOVESPA é o mais importante indicador do desempenho médio das cotações das ações negociadas na B3 – Brasil, Bolsa, Balcão e que é formado pelas ações com maior volume negociado nos últimos meses.

O otimismo continua, apesar dos maus. Vamos continuar orando e esperando que os homens bons sejam mais fortes que os maus.

Aproveite essa semana com Deus e a Família. Semana que vem, atualizaremos novamente a economia brasileira.